Entre esculturas que resistem ao tempo e histórias sussurradas por anjos de mármore, o Cemitério da Consolação, em São Paulo, celebra 167 anos de existência transformando luto em linguagem visual.
REDAÇÃO DO DIÁRIO com assessorias
Pela primeira vez, abre seus portões à sensibilidade dos fotógrafos amadores com a mostra “Consolação em Foco: Revelando Arte e História” — um convite poético para enxergar, por meio da fotografia cemitérios SP, a beleza solene que habita a cidade dos mortos.
A proposta nasce sob a gestão da Consolare, responsável por sete cemitérios paulistanos, e busca resgatar olhares não convencionais sobre arte tumular, cultura e memória. O projeto, inédito, recebe inscrições até o dia 1º de setembro. As imagens — vetadas de representações negativas, de pessoas ou de inteligência artificial — devem ser publicadas no Instagram com os perfis @cemiteriodaconsolacaosp e @consolaresp marcados, sempre com o perfil público.
Das imagens submetidas, 20 serão selecionadas por um comitê formado por especialistas em arte funerária e patrimônio histórico. Em seguida, a votação popular decidirá quais 10 farão parte de uma exposição temporária dentro do próprio cemitério, onde os túmulos de nomes como Tarsila do Amaral, Monteiro Lobato e Mário de Andrade ganham nova moldura sob a lente contemporânea.
A fotografia cemitérios SP não é apenas técnica: é sensibilidade aplicada sobre a arquitetura da memória. Ao convocar olhares comuns para registrar um espaço tão carregado de significados, a mostra transforma o Cemitério da Consolação em uma galeria viva — paradoxalmente —, em que o que pulsa é o silêncio do tempo reinterpretado pela arte.
Bruna Maia, gestora da necrópole, acredita que esse reencontro entre público e patrimônio resgata o valor do espaço: “Queremos que a população se aproxime, registre, e se reconheça nesse território de histórias.” Para Cláudio Elias, CEO da Consolare, a ação reforça o compromisso com a valorização da cultura urbana e funerária da cidade.
O Cemitério da Consolação é conhecido por sua imponência escultórica e valor histórico. Considerado um dos maiores acervos de arte tumular da América Latina, o local se consolida como símbolo de resistência cultural — e agora, como campo fértil para a expressão por meio da fotografia cemitérios SP, que revela, mais do que capta.
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