Maranhão ganha homenagem no maior festival de folclore do Brasil

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Maranhão ganha homenagem no maior festival de folclore do Brasil

Maranhão é o estado homenageado da 61ª edição do Festival do Folclore de Olímpia (FEFOL), que acontece entre os dias 2 e 10 de agosto na cidade paulista de Olímpia, reconhecida como a Capital Nacional do Folclore.

DA REDAÇÃO com agências

O evento, considerado o maior festival do gênero no Brasil, celebra em 2025 as manifestações culturais maranhenses, levando para o palco a riqueza de suas tradições, a força de sua religiosidade popular e a originalidade de sua música e gastronomia. Pela primeira vez, o Maranhão será o homenageado central do festival, um reconhecimento à profundidade e diversidade de sua herança cultural.

Com uma história marcada pela confluência de povos — indígenas originários, colonizadores portugueses e franceses, e africanos trazidos durante a escravidão — o Maranhão construiu uma identidade cultural única, expressa em suas festas, cantos, danças e sabores. A capital São Luís é o epicentro dessa diversidade. Conhecida como “Ilha do Amor” e Patrimônio Cultural da Humanidade, a cidade abriga mais de 3.500 casarões coloniais cobertos de azulejos portugueses e pulsa com ritmos como o reggae, que ali encontrou sua segunda casa.

Entre as manifestações mais emblemáticas levadas ao FEFOL estão o Bumba Meu Boi, com seus múltiplos “sotaques” — como matraca, orquestra e zabumba — e o Tambor de Crioula, dança circular praticada por mulheres chamadas coreiras, que giram ao som de tambores tocados com as mãos. Ambas são expressões vivas da religiosidade, alegria e resistência do povo maranhense, e foram reconhecidas como patrimônios culturais — o Bumba Meu Boi como Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco e o Tambor de Crioula como Patrimônio Cultural do Brasil.

Maranhão
Boi de Nina Rodrigues é outro grupo do Maranhão presente este ano no festival (Crédito: divulgação)
Outro destaque é a estreia do Bumba Boi de Matraca do Maiobão, de Paço do Lumiar, no festival, ao lado do Boi de Nina Rodrigues e do Boi de Morros, reforçando a presença do Maranhão no evento. Essa homenagem também se estende à identidade visual do festival, à cenografia do Recinto do Folclore e ao conteúdo pedagógico das escolas municipais de Olímpia, que mergulham no universo cultural maranhense.

A culinária também marca presença, com pratos típicos como o arroz de cuxá — feito com vinagreira, camarão seco e carne de sol — revelando os sabores do litoral, da floresta e dos campos do estado. A musicalidade maranhense, exaltada em canções como “Maranhão, meu tesouro, meu torrão”, eternizada por Humberto de Maracanã e regravada por Alcione, ecoa como hino identitário e símbolo de orgulho regional.

Maranhão
Grupo Boi de Morros: estado maranhense é a “terra” do Bumba Meu Boi (Crédito: divulgação)

Festival com o Maranhão espera mais de 180 mil visitantes

O Festival do Folclore de Olímpia, criado na década de 1960 pelo professor José Sant’Anna, chega à sua 61ª edição reunindo mais de 60 grupos folclóricos de todas as regiões do país, incluindo pela primeira vez representantes dos estados de Roraima e Acre. A programação inclui mais de 120 apresentações, desfiles, oficinas, pavilhão de artesanato e atividades no Museu do Folclore, com expectativa de atrair mais de 180 mil visitantes. Com entrada gratuita, o evento é promovido pela Prefeitura de Olímpia, por meio da Secretaria de Cultura e Defesa do Folclore, com apoio de projetos culturais e patrocinadores.

Ao escolher o Maranhão como homenageado desta edição, o FEFOL celebra não apenas a arte, mas a alma de um povo que transforma sua história em espetáculo, sua fé em dança e sua cultura em patrimônio compartilhado.

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