Brasil ainda patina com transporte aéreo, afirma Abear no Expo Fórum Visite São Paulo

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Brasil ainda patina com transporte aéreo, afirma Abear no Expo Fórum Visite São Paulo

O transporte aéreo no Brasil ainda enfrenta obstáculos significativos para seu pleno desenvolvimento, apesar dos avanços registrados em estados como São Paulo. A avaliação é de Renato Rabelo, gerente de Relações Institucionais da Abear, que, durante o Expo Fórum Visite São Paulo 2025, alertou para o baixo índice de voos per capita no país e os elevados custos operacionais que travam a expansão do setor. Encontro considerado vitrine do turismo paulista acontece nesta sexta-feira (30)

Bruno Almeida – especial para o DIÁRIO

“Apesar dos aparentes números bons, nós somos um País que ainda patina quando falamos de transporte aéreo”. A afirmação é do gerente de Relações Institucionais da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Renato Rabelo, ao citar os baixos índices de voos realizados por passageiros brasileiros anualmente: 0, 56%.

Ele compara o número com as taxas superiores registradas por países vizinhos, como Chile (1,1%) e Colômbia (0,73 %). “Temos condição de voar mais”, continua sem se esquecer dos desafios enfrentados pelo setor que ainda não retornou a patamares pré-pandemia.

A fala foi dita durante o painel Panorama da Aviação, na 9ª edição do Expo Fórum Visite São Paulo, tradicional vitrine do turismo paulista. Realizado pelo Visite São Paulo Convention Bureau, o tema central do encontro de 2025 é Made in São Paulo: a excelência dos produtos e serviços de São Paulo. O evento acontece nesta sexta-feira (30), no WTC Events Center, em São Paulo (SP).

transporte aéreo Brasil
De acordo com Rabelo, 2024 foi ano de celebrar bons números na participação de São Paulo na aviação brasileira. (Crédito: DT)

Participação de São Paulo na aviação 

De acordo com Rabelo, 2024 foi ano de celebrar bons números na participação de São Paulo na aviação brasileira. 93 milhões, dos 118 milhões de passageiros que viajaram internamente no Brasil, passaram pelo estado, um número 2% acima do ano anterior. “Mas ainda não atingimos o patamar doméstico pré-pandemia, de 95 milhões de passageiros transportados”, disse o representante da Abear. “Esperamos atingir em 2025”, previu. Nos quatro primeiros meses de 2025, São Paulo já registrou crescimento de 6,7% no número de voos.

No mercado internacional, “ano passado fechamos em 25 milhões de passageiros, recorde da série histórica. Houve um acréscimo de quase 18% da demanda, na comparação de 2024 com 2023. Expectativa é de atingirmos a máxima histórica em 2025”.

Podemos voar mais

Desafios do setor

No entanto, Rabelo refletiu sobre desafios enfrentados pelo setor para bater metas e destacou a participação de São Paulo em âmbito nacional. Ainda que a aviação represente 1,09% do PIB do estado em 2024 — acima da média nacional de 0,9% –, o setor aéreo tem custos muito dolarizados, em especial com insumos imprescindíveis. No caso dos combustíveis, por exemplo, chegam a 36%.

Além da agenda do combustível e da Querosene de avião (QAV), ele chama atenção para outros desafios relacionados a custos, citando a reforma tributária, o recolhimento de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre leasing de aeronaves, o recente decreto de Imposto de Operações Financeiras (IOF) – que representa para o setor R$ 600 milhões ao ano –, um excesso de judicialização enfrentado por operadoras, e a necessidade de financiamento para a transição energética, “para não haver aumento de custos para o setor”.

Rabelo refletiu sobre desafios enfrentados pelo setor para bater metas e destacou a participação de São Paulo em âmbito nacional.

Redução do ICMS

Por fim, ele elogiou a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o QAV para 12%, liderada pela Secretaria de Turismo e Viagens de São Paulo, como uma medida que dá fôlego ao setor. Antes de Rabelo subir ao palco, o secretário de Turismo de São Paulo, Roberto de Lucena, também falou no Expo Fórum Visite São Paulo e destacou que “2024 foi ano de consolidação do turismo paulista, enquanto 2025 é ano de
aceleramento”.

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