Segundo estudo, americanos priorizam as férias como nunca, com previsão de mais de US$ 226 bilhões em despesas neste verão
Dados encaminhados ao DIÁRIO pelo Vacation Confidence Index 2025, da Allianz Partners EUA
Mesmo diante de um cenário de incertezas econômicas e pressões inflacionárias, os americanos estão dispostos a investir — e muito — nas suas férias de verão em 2025. De acordo com o Vacation Confidence Index 2025, estudo anual conduzido pela Allianz Partners EUA, a confiança para tirar férias neste verão atingiu o nível mais alto desde o início da série histórica: 63% dos entrevistados afirmam que irão viajar, mesmo com restrições orçamentárias.
A priorização das férias se reflete diretamente nos números: os gastos projetados para este verão alcançam a cifra recorde de US$ 226,6 bilhões, um aumento de 2,26% em relação ao ano anterior. A tendência de alta nos gastos se mantém pelo sexto ano consecutivo, mais que dobrando desde 2019, quando os valores giravam em torno de US$ 101,7 bilhões. Em 2025, o gasto médio por domicílio está estimado em US$ 2.867.
Para Emily Hartman, General Manager da Allianz Partners EUA, essa disposição para gastar mesmo em meio à inflação demonstra que as férias ocupam um papel central no planejamento financeiro dos americanos. “Eles veem as viagens como um objetivo prioritário. E com tanto planejamento envolvido, o seguro de viagem torna-se uma ferramenta essencial para proteger esse investimento”, afirma.
De acordo com o estudo, a geração Z e os millennials estão na vanguarda da retomada das viagens. Cerca de 70% dos norte-americanos com menos de 35 anos declararam intenção firme de viajar nesta temporada. Jovens com filhos em casa também lideram essa movimentação.
Outro destaque são as chamadas micro-cations, escapadas curtas de uma ou duas noites, que voltam com força total. A duração média das viagens caiu para quatro noites, refletindo o novo comportamento. No entanto, mesmo nas viagens mais curtas, os gastos aumentaram: em 2025, o custo médio por uma noite chegou a US$ 700, frente aos US$ 594 registrados no ano anterior.
O conceito de bleisure — fusão entre negócios e lazer — também cresce: 33% dos americanos estão estendendo viagens de trabalho com dias de lazer ou vice-versa, uma alta de nove pontos percentuais em relação a 2024. Além disso, 31% afirmam que pretendem investir em experiências de luxo durante suas viagens, com destaque novamente para os mais jovens.
Apesar dos números robustos, a acessibilidade continua sendo uma barreira para muitos. Entre os que não se dizem confiantes para viajar, 70% justificam a decisão por motivos financeiros, índice superior ao de 2024 (62%).
Outro impulsionador de viagens são os eventos com ingressos. Shows, festivais e grandes espetáculos como a The Eras Tour, de Taylor Swift, estão motivando deslocamentos por todo o país — e também para o exterior. Segundo a pesquisa, 63% dos viajantes assistirão a pelo menos um grande evento em 2025, e o número dos que irão a três ou mais subiu cinco pontos em relação ao ano passado.
O fenômeno das justi-vacations — férias tiradas mesmo sem condições financeiras claras para tal — permanece em alta. Segundo o relatório, 40% dos americanos pretendem sair de férias mesmo enfrentando dificuldades para custeá-las. “A importância atribuída às férias se mantém estável e elevada. Em 2025, 75% dos entrevistados consideram as férias anuais essenciais, independentemente de sua situação financeira”, observa Daniel Durazo, Diretor de Comunicações Externas da Allianz Partners EUA.
O Vacation Confidence Index, conduzido desde 2009 pela Ipsos Public Affairs para a Allianz Partners EUA, considera como férias uma viagem de lazer com duração mínima de uma semana e distância superior a 160 km da residência. A edição de 2025 entrevistou 2.005 americanos maiores de 18 anos entre os dias 14 e 15 de abril.
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