Ao participar da 12ª. WTM Latin America, evento B2B do turismo que encerra os trabalhos nesta quarta-feira (16), no Expo Center Norte, o diretor geral da MSC Cruzeiros no Brasil, Adrian Ursilli, lembrou, em entrevista ao DIÁRIO DO TURISMO, o sucesso da recente temporada, quando foram transportados 665 mil passageiros (entre brasileiros e estrangeiros), nos segmentos receptivo, emissivo e exportativo, movimentados pelo escritório da companhia no País. Segundo ele, essa performance gerou impacto econômico nos destinos brasileiros e, sobretudo “beneficiou direta e indiretamente as comunidades visitadas pelos nossos navios”.
por Cecília Fazzini, especial para o DIÁRIO
Com ocupação de 100% na navegação pela costa brasileira, em 2024/2025, e ao ter mobilizado embarques nos principais portos nacionais: Itajaí, Paranaguá, Rio de Janeiro, Santos, Maceió e Salvador, as perspectivas, de acordo com Ursilli, são as melhores possíveis para a safra de 5 embarcações programadas para 2025/2026, sendo quatro navios no Brasil e um na Argentina, todos operando de forma regular. Uma particularidade assinalada por ele: “apenas a MSC disponibilizará navio partindo de Santos e do Rio com destino ao Nordeste brasileiro, em roteiros de sete noites”. A exclusividade na oferta desses cruzeiros contribui para, segundo assinala, “liderança absoluta e garantia de 75% de Market share nesse mercado”.
E junto ao anúncio da temporada a novidade da MSC é a gratuidade para menores de 0 até 17 anos, ocupando o terceiro e quarto leitos com os pais. “Ou seja, pai e mãe pagam, e os filhos vão de graça”, adianta ele.
O panorama no segmento viagens, a partir da atual variação cambial, guerra tarifária e conflitos internacionais, a despeito de gerar alguma dúvida no consumidor, deverá passar ao largo dos cruzeiros, no entender do presidente da MSC. “Primeiro, porque as tarifas são em reais. Não há variação cambial, tanto para os cruzeiros internacionais quanto para os nacionais. Segundo, porque há o parcelamento em até 12 vezes sem juros, em moeda local”.
Ursilli considera que viagem de navio, além da blindagem cambial, é a forma que assegura o melhor custo-benefício, alimentação incluída, acomodação, shows, entretenimento, festas, piscina, vários destinos visitados no mesmo cruzeiro, atividades infantis, condições que agregam valor para a modalidade e se tornam muito atraente pro consumidor. Outra benefício, na sua interpretação, é o fato do passageiro não depender tanto do transporte aéreo internacional. “Acreditamos que os cruzeiros no Brasil sairão fortalecidos de tudo isso. São a verdadeira solução de férias pro brasileiro”.
No exterior, há outras questões que impactam o orçamento do hóspede de navio, como: bilhete aéreo, despesas locais em moeda estrangeira, alimentação fora do navio, bebidas, traslados, hotelaria… tudo isso em moeda estrangeira. Mas, na contabilidade final, salienta Ursilli, “a parte proporcional do navio ainda tem um custo-benefício muito interessante. Pode ser a solução que falta pra equilibrar o orçamento”. E exemplifica, se o viajante planeja uma semana na Europa, uma semana nos Estados Unidos… e encaixa mais uma semana de navio, vai conseguir, no entender do presidente da MSC Brasil, reduzir o gasto total e ter um orçamento mais planejado, pago em reais, com custo-benefício muito melhor. “A gente continua vendendo cruzeiro mesmo em tempo de crise – ou principalmente em tempo de crise, como uma solução de viagem”.
Das quatro embarcações a companhia que estarão navegando pelos mares a partir dos portos brasileiros, Ursilli destaca o MSC Seaview como a estrela da temporada que está por vir. “Este navio é o mais moderno que estará no Brasil, pelo conceito revolucionário, áreas externas amplas, ampla visibilidade, conexão com o mar, com o sol”.
Outro navio assinalado pelo dirigente com lugar de destaque na escolha dos passageiros é o Preziosa. “O navio que vai fazer os cruzeiros temáticos com nossos parceiros, com artistas musicais, além de roteiros para Argentina e Uruguai, muito procurados pelo brasileiro”.
Com maior atenção para a Região Sul, um novo roteiro já está programado pela MSC. Com saída programada do porto de Itajaí, passando por Santos, Rio de Janeiro, serão ao todo três portos de embarque. “Com essa novidade atenderemos o catarinense, o paranaense que vai para Santos, o paulista, o carioca, o capixaba, o mineiro com embarque no Rio”, explica Ursilli. A companhia seguirá, ainda, com os mini-cruzeiros.
Uma aposta firme da MSC é o Caribe. “Acabamos de inaugurar o maior terminal do mundo, em Miami, com a mais alta tecnologia. E lançamos o MSC World America, nosso novo navio movido a GNL, com mais de 200 mil toneladas, que fará o percurso pelo Caribe e ilhas. “É a primeira vez que a MSC disponibiliza oito navios no Caribe, com operação o ano inteiro. Na Europa, já somos consolidados, com 18 navios operando o ano todo, e mais de 40 portos de embarque. Ou seja, temos a maior oferta, com liderança absoluta.
Assim, o apelo comercial durante a WTM moveu a companhia a lançar além do Caribe sem visto, com Martinica e fretamento aéreo da Gol – “Caribe é com a MSC” também a atrativa promessa, que é “Europa também é com a MSC”, pelo Mediterrâneo e Côte d’Azur”.
Apesar da predominância das famílias à bordo e faixa etária entre 35 e 50 anos, principalmente por conta da temporada acontecer nas férias de verão, entre novembro e abril, Ursilli ressalta crescimento importante de novos cruzeiristas, especialmente jovens embarcando pela primeira vez. A demanda se mantém concentrada na Região Sudeste, com o mercado paulista responsável por 60% dos embarques, seguido pelo Rio de Janeiro, com 20%. Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina também figuram com participação relevante.
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