Durante a ABAV Expo 2025, realizada entre 8 e 10 de outubro no Rio de Janeiro, o Diário do Turismo conversou com Lúcia Smith, presidente da Associação das Pousadas de Fernando de Noronha (APFN). A dirigente estava acompanhada de Manuela Fay, diretora executiva da entidade, que participou da conversa e destacou a importância da atuação conjunta do trade local.
REDAÇÃO DO DIÁRIO da Abav
Com mais de 30 pousadas associadas, a APFN vem fortalecendo sua presença institucional e ampliando o diálogo com o mercado nacional. O destino pernambucano se prepara para uma das viradas de ano mais movimentadas da década, ao mesmo tempo em que reforça sua vocação para o turismo sustentável e de qualidade.
O clima é de otimismo. Segundo Lúcia Smith, o Réveillon de Fernando de Noronha mantém sua força e tradição. “Temos o famoso Réveillon do Zé Maria, conhecido nacionalmente, e a procura este ano está enorme”, afirma.
A empresária, que comanda as pousadas Tobaia e Maranhão, conta que ambas estão com 100% de ocupação confirmada. “As demais pousadas associadas também estão muito bem posicionadas. A ilha vive um momento de grande procura e de retomada total”, acrescenta.
O movimento de visitantes não se restringe à virada do ano. Segundo a presidente da APFN, o chamado pós-Réveillon, que se estende até 10 de janeiro, também tem apresentado ótimos resultados. “É um período de fluxo alto e de grande importância para todo o trade. Noronha está consolidada como um destino de experiências, não apenas de eventos”, ressalta.
Hoje, a APFN reúne cerca de 30 pousadas, incluindo nomes icônicos da hotelaria local. O trabalho conjunto tem sido essencial para reforçar a identidade de Noronha como um destino sustentável e de hospitalidade acolhedora.
A pauta ambiental é um dos pilares da associação. “A sustentabilidade é uma prioridade. Muitas pousadas utilizam energia solar, fazem coleta seletiva e reuso da água da chuva”, destaca Lúcia. Ela lembra que, por ser uma ilha com água dessalinizada, cada gota é valiosa.
Além das boas práticas ambientais, as pousadas associadas têm investido em educação ambiental junto aos hóspedes. “A gente explica a importância de pequenas atitudes, como não trocar toalhas todos os dias. Se o hóspede quiser, a gente troca, claro, mas pedimos colaboração para que a troca seja feita a cada três dias. Esse diálogo é educativo — e as crianças entendem isso com facilidade, muitas vezes ensinando os próprios pais”, observa.
A antecedência nas reservas é outro sinal da força de Noronha. Segundo Lúcia, a média é de 90 dias de antecedência, o que permite planejamento e estabilidade ao setor. “O turista se organiza com tempo, e isso ajuda as pousadas a programarem melhor suas operações”, explica.
A APFN, porém, está de olho além da alta temporada. O foco agora é movimentar os meses de menor demanda. “Nossa baixa estação vai de março a junho, e já estamos preparando ações promocionais com os nossos parceiros comerciais”, adianta Lúcia.
Entre as iniciativas está a participação na Black Friday, com tarifas mais atrativas. “É uma ótima oportunidade para quem quer conhecer Noronha com um custo-benefício melhor. Nessa época, o aéreo também fica mais acessível e toda a ilha se mobiliza para oferecer experiências completas a preços especiais”, afirma.
Além das pousadas, a APFN vem firmando novas parcerias estratégicas com empresas colaboradoras. “Hoje temos sócios que compartilham nossos valores e ajudam a fortalecer o destino. Um exemplo é a Águas Claras, primeira empresa de mergulho da ilha, com 39 anos de atuação, e a Noronha Tours, tradicional receptivo local”, cita Lúcia.
Essas empresas, segundo ela, têm a chancela da APFN, um selo que reconhece a idoneidade e a tradição dos negócios que contribuem para o turismo sustentável do arquipélago.
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